Primeiramente, a utilização da própria gordura do corpo para melhorar o contorno e o volume das mamas tem ganhado espaço entre os procedimentos estéticos mais buscados atualmente. Então, conhecida como lipoenxertia mamária, essa técnica envolve a retirada de gordura de áreas como abdômen, flancos ou coxas, seguida da purificação e reinjeção nas mamas para promover preenchimento, simetria ou redefinição de forma.

Ao contrário do que muitos imaginam, a lipoenxertia não é uma novidade absoluta na medicina estética. Agora, sua aplicação vem sendo aprimorada nos últimos anos, com avanços em métodos de purificação da gordura, técnicas de enxertia mais precisas e maior previsibilidade de absorção. Assim, cada vez mais, cirurgiãs têm incluído essa técnica em seus planejamentos, seja como alternativa à prótese, complemento à mastopexia ou método de correção pós-retirada de implantes.

Portanto, este artigo explica como funciona a lipoenxertia mamária, quando ela é indicada, quais são seus benefícios e limitações, além de apresentar aspectos técnicos e clínicos relevantes para quem considera o procedimento.

O que é lipoenxertia mamária?

A lipoenxertia mamária é também uma técnica de enxerto autólogo de gordura, o que significa que o material utilizado vem do próprio corpo da paciente. O processo envolve três etapas principais:

  1. Lipoaspiração: retirada da gordura de áreas com acúmulo, como abdômen, culote ou interno de coxas;

  2. Purificação: separação de impurezas, fluidos e células não viáveis através de decantação, centrifugação ou filtros específicos;

  3. Enxertia: aplicação da gordura purificada nas mamas, em planos específicos e com injeções em pequenas quantidades para garantir maior integração ao tecido local.

Em suma, essa gordura reimplantada se adapta ao tecido da mama e, em parte, é reabsorvida naturalmente pelo corpo. Assim, o volume final é geralmente estimado com base na quantidade enxertada e na taxa de absorção prevista, que pode variar entre 30% e 50%.


Quando a lipoenxertia mamária é indicada?

A lipoenxertia nas mamas pode ser aplicada em diferentes contextos cirúrgicos, com objetivos variados. Entre as principais indicações, estão:

  • Correção de assimetrias mamárias leves;

  • Melhoria do contorno em pacientes com mamas tuberosas ou mamas com pouco volume no polo superior;

  • Complemento de mastopexias, especialmente em pacientes que não querem ou não podem utilizar próteses;

  • Reconstrução mamária, após mastectomia ou cirurgias reparadoras;

  • Ajuste estético em casos de retirada de implante, para restaurar a aparência natural da mama;

  • Substituição ao uso de silicone, em pacientes que desejam um aumento discreto com resultado mais orgânico.

Finalmente, é importante lembrar que a técnica não tem como objetivo grandes aumentos de volume. Assim, seu papel está mais relacionado à redefinição de forma, ajuste fino de proporções e melhoria da textura da pele e do contorno da mama.

Benefícios da lipoenxertia: por que essa técnica tem crescido?

A lipoenxertia mamária traz uma série de vantagens que justificam seu crescimento entre as preferências de pacientes e cirurgiãs. Abaixo estão os principais motivos:

1. Naturalidade dos resultados

Por utilizar a própria gordura da paciente, o resultado final tende a ser mais suave e natural, sem alterações artificiais no contorno da mama.

2. Dupla função estética

O procedimento combina uma lipoaspiração em áreas com gordura localizada com a aplicação nas mamas, oferecendo benefícios estéticos em duas regiões do corpo ao mesmo tempo.

3. Ausência de corpo estranho

Para pacientes que não desejam ou têm contraindicação para o uso de próteses de silicone, a lipoenxertia se apresenta como alternativa eficaz, sem necessidade de inserção de materiais externos ao organismo.

4. Possibilidade de retoques

Por ser uma técnica biológica, a lipoenxertia permite complementos em etapas futuras, caso a paciente deseje ajustar o volume ou melhorar ainda mais a simetria.

5. Textura e vascularização

A gordura enxertada contribui para a regeneração da pele, melhorando sua textura e até mesmo colaborando com a qualidade do tecido mamário após cirurgias anteriores.

Limitações da lipoenxertia: o que é importante considerar

Apesar dos muitos benefícios, a lipoenxertia mamária possui limitações que devem ser consideradas antes da decisão pelo procedimento.

  • Absorção parcial da gordura: uma parte da gordura é reabsorvida naturalmente pelo organismo, o que pode reduzir o volume inicialmente enxertado;

  • Limite de volume aplicado: por segurança, não é possível enxertar grandes volumes de uma só vez, o que torna a técnica menos indicada para pacientes que desejam aumentos expressivos;

  • Requer gordura disponível: pacientes muito magras, com pouca gordura corporal, podem não ter tecido suficiente para o procedimento;

  • Resultados variáveis: como a integração da gordura depende de fatores biológicos, não há como prever exatamente quanto volume será mantido após a recuperação;

  • Não substitui todas as funções da prótese: a lipoenxertia oferece mais naturalidade, mas não proporciona projeção ou firmeza como uma prótese de silicone.

Então, esses pontos devem ser discutidos detalhadamente com a cirurgiã responsável para definir a melhor abordagem em cada caso.

O que acontece no pré e no pós-operatório?

O planejamento cirúrgico da lipoenxertia inclui avaliação física completa, análise das áreas doadoras e recebedoras, exames laboratoriais e, quando necessário, exames de imagem das mamas. Assim a equipe médica orienta a paciente quanto às expectativas de resultado e à possibilidade de novas sessões no futuro.

No pós-operatório, o cuidado com as áreas enxertadas e aspiradas é fundamental. Assim, os profissionais recomendam o uso de malha compressiva na região lipoaspirada e cuidados específicos para proteger as mamas contra traumas ou pressão direta.

A cicatrização ocorre gradualmente, com os primeiros resultados visíveis em cerca de 30 dias. Assim, o resultado definitivo pode ser avaliado após 3 a 6 meses, quando a gordura remanescente já se estabilizou.

Para quem a lipoenxertia nas mamas é mais indicada?

O perfil ideal para a lipoenxertia mamária inclui pacientes que:

  • Desejam uma intervenção de aumento sutil ou correção de contorno;

  • Têm gordura localizada disponível em outras áreas do corpo;

  • Buscam resultados com aparência natural;

  • Desejam evitar o uso de prótese de silicone;

  • Já passaram por mastopexias ou retiradas de implantes e querem melhorar o volume;

  • Estão em boas condições clínicas e com expectativas realistas.

Finalmente, a paciente deve tomar a decisão com base em uma avaliação médica detalhada, que considera sua anatomia, histórico cirúrgico, volume desejado e viabilidade da técnica.

Conclusão

Por fim, a lipoenxertia mamária representa um avanço importante no campo da cirurgia plástica moderna, oferecendo uma alternativa segura, natural e personalizada para pacientes que desejam melhorar a forma das mamas. Seja como complemento ou substituição de outras técnicas, então, a lipoenxertia tem se consolidado como uma opção estratégica em procedimentos mamários, com foco na naturalidade e na biocompatibilidade.

Por último, o sucesso da técnica está diretamente ligado à experiência da cirurgiã, ao planejamento rigoroso e ao acompanhamento cuidadoso no pós-operatório. Então, pacientes que consideram essa opção devem buscar profissionais qualificados, com domínio da técnica e atenção aos detalhes, garantindo assim uma experiência segura e satisfatória.

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