A princípio, quando olhamos para o corpo com carinho e atenção, percebemos que cada mulher tem uma anatomia única. No entanto, algumas variações podem trazer desconforto emocional especialmente quando geram estranhamento ou desequilíbrio estético. É o caso das mamas tuberosas, uma condição pouco conhecida, mas que afeta diretamente a autoestima de muitas pacientes.
Por isso, neste artigo, quero explicar de forma clara o que são as mamas tuberosas, como identificar seus diferentes graus e, principalmente, como corrigi-las com naturalidade e respeito à individualidade.
O que são Mamas tuberosas?
Primeiramente, as mamas tuberosas são uma alteração congênita na forma e estrutura da mama, perceptível geralmente na adolescência. Essa condição acontece quando a base da mama, que deveria se expandir de maneira equilibrada, sofre uma restrição de crescimento, fazendo com que o volume se projete de forma alongada, semelhante a um “tubo”.
Além disso, a aréola tende a ser mais alargada ou protusa, e o sulco abaixo da mama (o sulco inframamário) costuma ser mais alto que o habitual.
Mamas tuberosas: como identificar?
Alguns sinais comuns de mama tuberosa incluem:
- Mamas com formato alongado e base estreita
- Aréolas grandes ou aparentes
- Sulco mamário mais alto e mal definido
- Assimetria entre as mamas
- Pouco volume no polo inferior das mamas
Em alguns casos, a diferença pode ser mais sutil. Em outros, o impacto visual é bastante perceptível, gerando desconforto ao usar roupas justas, biquínis ou até mesmo em situações íntimas.
Mamas tuberosas: Quais são os tipos?
A condição é classificada em graus de intensidade, que influenciam diretamente na abordagem cirúrgica:
- Grau I: comprometimento leve, geralmente na parte interna inferior da mama
- Grau II: afeta toda a base inferior, com maior assimetria e projeção
- Grau III: caso mais avançado, com grande restrição e herniação da aréola
Cada grau exige um plano cirúrgico personalizado. No entanto, o importante é saber que existe solução segura, eficaz e natural, respeitando o seu corpo e os seus desejos.
Mamas tuberosa: como é feita a correção?
A correção das mamas tuberosas é exclusivamente cirúrgica. E não se trata apenas de colocar uma prótese: é uma remodelação cuidadosa da estrutura mamária.
Na prática, o procedimento pode envolver:
1. Liberação do anel fibroso
É o passo mais importante. Esse “anel” de tecido fibroso impede a expansão natural da mama. Ao ser liberado, permite a reestruturação da forma.
2. Reposicionamento do sulco mamário
Ajustamos a posição do sulco para que ele fique mais baixo e harmônico com o restante do tórax.
3. Correção da aréola
Reduzimos e centralizamos a aréola, trazendo proporção ao centro da mama.
4. Implante de silicone (quando indicado)
Em muitos casos, o uso da prótese ajuda a dar volume e preencher o polo inferior, trazendo mais naturalidade ao resultado.
5. Modelagem da mama com o próprio tecido
Dependendo do grau da condição e do volume disponível, também é possível remodelar a mama sem o uso de prótese — em casos muito específicos.
E o resultado? Fica natural?
Essa é uma das maiores preocupações das pacientes, e com razão.
O objetivo da correção é entregar um resultado equilibrado, harmônico e, acima de tudo, natural. Para isso, cada detalhe é planejado com cautela:
- Tipo de prótese (quando utilizada)
- Volume proporcional ao corpo
- Técnica de sutura para preservar sensibilidade
- Cicatrizes discretas e posicionadas de forma estratégica
Mais do que corrigir um “defeito”, a cirurgia de mama tuberosa tem o poder de restaurar o senso de normalidade e pertencimento ao próprio corpo.
A correção interfere na amamentação?
Na maioria dos casos, não. Sempre que possível, preservamos estruturas glandulares e ductos mamários. No entanto, cada caso é avaliado individualmente. Em alguns graus mais avançados, pode haver alterações funcionais na mama desde o nascimento, o que também pode influenciar na amamentação futuramente.
Mamas tuberosas: quem busca essa cirurgia?
- Mulheres jovens que perceberam a alteração durante a adolescência
- Pacientes adultas que passaram anos tentando esconder ou disfarçar
- Mulheres que passaram por uma primeira cirurgia sem diagnóstico da condição
- Pacientes que buscam não apenas estética, mas um novo olhar para si mesmas
É muito comum que essas pacientes carreguem uma história emocional forte: dificuldade em usar determinadas roupas, evitar espelhos ou até mesmo desenvolver insegurança na vida íntima. Por isso, o cuidado emocional é tão importante quanto o técnico.
Por que o diagnóstico correto é essencial?
Infelizmente, muitos casos de mama tuberosa passam despercebidos por anos, até mesmo por profissionais.
Quando o diagnóstico é feito corretamente, a abordagem muda completamente. É por isso que, durante a avaliação, analisamos com cuidado a forma, a base da mama, o posicionamento da aréola, a simetria e o desenho torácico como um todo.
Mais do que observar a mama, é preciso ler a história do corpo com escuta, empatia e técnica.
Cicatrizes: onde ficam?
As cicatrizes variam conforme a técnica utilizada e o grau da mama tuberosa. Nos casos mais leves, conseguimos trabalhar apenas com incisões ao redor da aréola. Em situações mais avançadas, pode ser necessário um desenho vertical (semelhante à mastopexia).
Independente do tipo de incisão, uso técnicas que favorecem cicatrização discreta, com acabamento delicado e simetria.
Recuperação
A recuperação segue os protocolos de uma cirurgia mamária convencional. Alguns pontos importantes:
- A paciente recebe alta no mesmo dia
- Uso de sutiã cirúrgico por cerca de 30 dias
- Evitar esforço físico por algumas semanas
- Acompanhamento próximo para garantir segurança no pós-operatório
Ou seja, o retorno ao trabalho depende do tipo de atividade exercida, mas geralmente ocorre entre 7 a 14 dias.
Assim, as mamas tuberosas vão além da estética: envolvem autoestima, percepção corporal e bem-estar emocional. Corrigir essa condição não é sobre “padronizar” o corpo, mas permitir que ele expresse sua forma com naturalidade e equilíbrio.
Contudo, se você se identificou com esse conteúdo, talvez seja o momento de cuidar de si com mais acolhimento e verdade. Essa transformação começa na escuta e estou aqui para isso.
A Dra. Maria Júlia realiza atendimentos presenciais no Rio de Janeiro, no Leblon, com foco em um acompanhamento individualizado, ético e técnico em cada etapa. Os atendimentos são exclusivamente particulares, não atende por convênios. Suas cirurgias são realizadas nos hospitais Copa Star e Copa D’Or, ambos reconhecidos por sua estrutura de excelência e alto padrão de segurança.
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